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quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Natal...quanto vale.

Vive a Humanidade em eterna dúvida
Por não ver imperar o Reino prometido
De Ternura, de Paz, de Justiça e de Amor!
Varrem seu pensamento silvos soltos
De desenfreado vento
Que, em tal correr, ora canta, ora chora.
E ergue-se a palavra-chicote
A falar de perigos, sustos e guerras.
Tantos desalentos!...

Tudo perdido?
Fim da Esperança?

Não!
Um dia, sim, um dia,
Tudo vai mudar se o Homem quiser.
Um Menino assim ensinou e prometeu
Quando se fez homem, quando cresceu:
Mesmo quando for de fel a tua taça,
Não te esqueças que é no pôr-do-sol
Que a sombra mais se alonga.
São tuas as estrelas do Céu,
São tuas as flores do jardim.

Recompõe esse coração
Quando desfeito de amargura
E ampara esse a teu lado,
O teu irmão!

Desde então,
Numa certa noite, à meia-noite,
Envolto em diáfano véu,
Desce mansamente o luar
Por entre um cardume de estrelas,
Param as nuvens que andam no Céu
Em louca correria, como toiros na lezíria,
E abre-se o coração dos Homens
Em ninhos de afetos.

Do alto, nessa noite de Dezembro, à meia-noite,
Numa verticalidade horizontal e transversal
Desce um raio de luz dobre o Presépio,
Passeia a Lua desfazendo as Sombras,
Enquanto colhe e esparge sementes
De Ternura, de Paz, de Justiça e de Amor.
Homens… conhecemos a receita.

                                    Vamos, vamos à colheita!                                                                                          

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